segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Obscure - Chapter seven

"A primeira vítima"

Haviam se passado poucos dias, Amy ainda estava devastada e sem entender como pôde fazer uma coisa tão cruel. Mas, é isso o que a raiva faz com as pessoas, não é?
Pietro havia lhe dado alguns dias de descanso antes de começar a pedir seus misteriosos favores, e Amy ansiava por isso, pois logo teria sua tão preciosa vingança.

 
Já eram onze horas da noite, e ela não havia descido para jantar com os outros, então Elizabeth deixou sua comida na geladeira. Saiu de seu quarto cautelosamente, se certificando de que todos os três quartos estavam trancados, para evitar mais surpresas desagradáveis como aquela. O lugar onde lhe foi atingido ainda doía ao toque.
Abriu a geladeira e procurou os recipientes de comida, mas parou o que estava fazendo e arregalou os olhos automaticamente ao sentir uma presença atrás dela, e logo em seguida alguém cobrindo sua boca. Era Pietro.
— O quê?! — disse um pouco mais alto do que deveria. O homem fez um gesto pedindo silêncio — você disse que me daria tempo
— Não disse quantos dias lhe daria — falou em tom sério. Amy ficou em silêncio — você tem 10 minutos. Coma rápido, sua primeira tarefa está por vir — piscou, e em seguida virou-se, subindo as escadas e sumindo na escuridão do corredor.
(...)
Amy abriu seus olhos lentamente, e se deu conta de que estava no mesmo ‘cativeiro’ de antes. Não sabia como nem por que, mas havia sido sedada novamente. As duas mulheres — Candice e Holland — e Adam estavam perto da parede, quietos. Uma música clássica entoava no local. Novamente, a cadeira virou, mas Amy não esperava que lá saísse uma mulher, afinal a cadeira era de Pietro.
A mulher possuía olhos castanhos escuros e cabelos ruivos, também escuros, que caiam até os ombros de forma ondulada. Usava um vestido preto com um decote generoso.
— Amélia — proferiu sorrindo. Tinha uma voz doce.
— Quem é você? — perguntou em um tom alto — E o que quer comigo?
A mulher a fitou, acendendo um cigarro.
— Pode me chamar de A — deu mais uma tragada no cigarro, com ar de superioridade — sou eu quem dá as regras aqui. Sou eu quem decide o quê vocês vão fazer. Certo, não temos tempo pra isso. Amy se aproxime querida, não precisa ter medo.
Cautelosamente, Amy andou em direção a ‘A’ em passos lentos, e em pouco tempo estava ao seu lado, encarando um quadro pendurado na parede. Era de um homem, e seu nome estava logo abaixo.
OLIVER HAWKINGS
— Oliver Hawkings — leu em voz alta — um dos traficantes mais famosos de drogas. Está no ramo já faz cinco anos, e está sendo muito perigoso para a concorrência, inclusive até para nós.
— Certo, e o que eu devo fazer — perguntou, franzindo o cenho.
— O que você acha? — revirou os olhos, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – Matar! É isso que você deve fazer.
Amy piscou repetidas vezes, tentando entender. Incrivelmente, teve a estúpida ideia de que as tarefas que iriam lhe passar eram coisas simples, mas não... Matar. Mas para eles são simples. Ela assentiu discretamente, fazendo ‘A’ sorrir, com um brilho misterioso nos olhos.
— Vou te passar o endereço. Quero que seja pontual e que esteja já escondida às quatro. É simples.
(...)
As exatas quatro horas da manhã, nem um minuto a mais, nem a menos, Oliver Hawkings estava destrancando sua casa. Hoje seu trabalho havia sido lucrativo, e ele conseguira eliminar muito mais gente do que nos dias normais. Abriu a porta e seguiu para a cozinha, mal notando a menina de cabelos pretos que havia se esgueirado para dentro de sua casa.
Amy colocou um pouco de clorofórmio no pano velho que havia trazido consigo e andou silenciosamente até a cozinha, onde Oliver preparava seu jantar. Em movimentos rápidos colocou o pano em sua boca, sem saber como iria segurar um homem do dobro de seu tamanho, mas incrivelmente ela conseguiu.
Arrastou o corpo do homem desacordado e o deixou sentado no sofá, então procurou cordas por toda a casa, ou algo com que poderia amarrar seus braços e pernas. Assim o fez, e também o amordaçou.
O homem acordou assustado e soltou alguns grunhidos, que ficaram mais altos à medida que ele ficava ainda mais atento. A sala estava escura, e ele se debateu assustado, assim que Amy emergiu as sombras, alisando a faca em mãos.
A menina engoliu em seco, pensando se realmente deveria fazer isso, e se irá valer a pena. Para ela isso sempre foi errado, mas... ele não é o que todos pensam. Amy fechou os olhos e deslizou a faca no pescoço do homem da mesma forma que fez com aquela pobre menina. Ele grunhiu de dor, e ela pôde sentir o sangue quente escorrer por seu braço, mas logo a quantidade foi diminuindo, até não sobrar quase mais nada.
Ela sentou-se no chão, avaliando a situação em que estava. Não demorou muito para que as lágrimas preenchessem seus olhos, mas isso não durou muito tempo. Em poucos segundos, ela estava rindo. Menos uma pessoa má no mundo e logo teria menos ainda, isso seria maravilhoso.
Seu celular vibrou em seu bolso, e ela logo atendeu.
— Bom trabalho — a voz grossa de Pietro disse, em seguida desligando.
Amy pegou um saco de lixo e, com muita dificuldade, colocou o corpo do homem sem vida e deixou-o de canto, primeiramente arrumando sua casa, para não deixar nenhum vestígio. Mais tarde, quando a rua estava mais vazia, dirigiu até o córrego mais próximo e despejou sua vítima. Sua primeira vítima. Oliver Hawkings.

Alguns dias depois...
Três viaturas policiais se encontravam estacionadas, próximas ao córrego de Atlanta. A delegacia havia recebido uma ligação de que supostamente teriam achado um saco de lixo do comprimento de um homem dentro do córrego, além do cheiro ter piorado.
— Pelo estado do corpo, fazem pelo menos três dias — o Tenente Malik proferiu preocupado, fazendo anotações em seu bloquinho.
— Ele foi morto do mesmo jeito que a prostituta achada uma semana atrás — Policial Harry observou, enquanto ajudava a tirar mais algumas fotos do corpo.
— Ótimo, agora só o que precisávamos era de mais um serial killer em Atlanta.

♡ ♡ 

Notas da Autora: Quem interpreta A


Alexandra Breckenridge dlç


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