segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Obscure - Chapter fourteen

Que comecem as investigações
Depois do acontecido, o Tenente Malik dirigiu de volta para a sua casa, cego de raiva. Não estava acreditando que conseguiu deixar uma menina como Amélia fugir.
Pegou seu celular e discou o número do Policial Harry, que atendeu com a voz sonolenta.
— Tenente? Há essa hora? — resmungou.
— E eu quero que você selecione os melhores investigadores. Amanhã as sete, eu quero todos vocês naquela pensão. Todos! — Alterou o tom de voz e desligou o celular, não dando tempo de uma suposta resposta, e estacionou o carro na garagem. Destrancou a porta de entrada com dificuldade, batendo-a em seguida e indo de imediato em direção ao banheiro, trancando-o.

 
Debruçou-se na pia do banheiro e se olhou no espelho, e por um momento achou que não merecia o cargo que tinha.
— Incompetente — murmurou para si mesmo. Sentia-se como um fracassado por não ter conseguido. Encarou seu rosto no espelho, ignorando as batidas de sua noiva, Perrie.
— Zayn? Você está bem, querido? — perguntou, preocupada, batendo mais vezes na porta.
Las Vegas, Nevada
Pietro vagava pelas ruas iluminadas de Las Vegas, repletas de luzes coloridas e chamativas, que cobriam o céu noturno e encantavam os olhares de muita gente.
Assim que chegou ao seu destino, estacionou o carro em frente à calçada, e ele e Holland adentraram as grandes portas do Vegas Hotel de braços entrelaçados, mas com novas identidades. Eles agora eram Senhor e Senhora Lerman.
Dirigiram-se até o balcão e fizeram o cadastro com a gerente do local, usando identidades e cartões de crédito falsos. No final de tudo, conseguiram alugar a suíte máster por alguns dias.
“Pietro” pegou as chaves do hotel e ambos subiram as grandes escadas e abriram a porta do grande quarto, trancando-a em seguida. Ele abriu a tubulação de ar com nenhuma dificuldade e guardou a pequena mala de mão que havia trazido escondida consigo, na qual estava guardada uma alta quantia em dinheiro e armas.
— Finalmente livres! — Holland comemorou extasiada. Em meses, finalmente eles estavam livres. Estavam sendo procurados apenas em Atlanta, e agora que Amélia está morta e estão em um estado diferente, com outros nomes, não tem com o que se preocupar. Não por enquanto.
— Livres — Pietro repetiu a palavra, abrindo o champanhe que estava repousando em um balde de gelo e o colocou em duas taças, segurando-as apenas em uma mão. Com a outra, pegou a cintura da ruiva, aproximando-a e beijando-a em seguida. Finalmente haviam tido um tempo apenas deles, e pretendiam aproveitar, digamos assim.
No dia seguinte, às exatos cinco e cinquenta e nove da manhã, o Tenente Malik virou a esquina, estacionando o carro na frente da pensão às seis.
Saiu do carro e encontrou o Delegado Styles à frente, junto com os melhores nomes de Atlanta, no quesito busca: Liam Payne, Louis Tomlinson, Melissa Collin e Taylor Smith. Contando com a ajuda desses quatro, provavelmente iriam resolver esse caso bem rápido.
Bateram na porta, e em pouco tempo Elizabeth abriu-a, fungando levemente assim que viu a insígnia policial.
— Em que posso ajudar? — perguntou com a voz trêmula.
— Viemos investigar — Styles tomou controle da situação, levantando o papel que levaria a investigação adiante —, temos um mandado.
A senhora assentiu, dando passagem para que os quatro adentrassem ao local, rapidamente colocando suas luvas. Aquilo era praticamente uma cena de crime. Smith pegou sua máquina fotográfica e procurou qualquer vestígio, enquanto Collin fez perguntas para Elizabeth, que se encontrava aflita.
— Pode me mostrar onde ficava o quarto de Amélia?
— Claro — gesticulou para que a seguisse e empurrou levemente a porta, que já estava entreaberta. Ela se espantou ao ver que estava praticamente intacto.
— Ela não levou nada? — disse, abrindo o guarda roupa e vendo que todos os cabides estavam preenchidos.
— Quando eu cheguei aqui não havia mais ninguém.
— Onde a senhora estava? — perguntou, como se ela soubesse de alguma coisa. Elizabeth a olhou com uma sobrancelha erguida.
— Na casa da minha filha, Marissa.
Collin assentiu, vendo que ela não sabia de nada.
— Certo. — ponderou por alguns instantes, até que uma ideia maluca invadiu sua cabeça. Já tinha visto de tudo nessa vida, por que não? — Hm, desculpe a pergunta, mas aqui tem alguma “passagem secreta” ou coisa do gênero?
A mulher piscou algumas vezes antes de responder.
— Siga-me — desceu as escadas novamente, dessa vez indo até a sala de estar, onde havia apenas um sofá, uma televisão velha e uma estante, com alguns livros empoeirados. Andou até a estante e arrastou-a, espalhando poeira ela sala, mas abrindo passagem parra uma escada.
— Gente! — Collin gritou, e todos a seguiram, com uma lanterna acesa. Assim que achou o interruptor, a agente se surpreendeu, e praticamente caiu para trás, sendo segurada por Louis.
As paredes estavam repletas de fotos, e havia sangue no chão. Isso chamou a atenção de Malik, que olhou surpreso para as paredes.
— Os casos... — murmurou, pisando no chão, enfim — Estão interligados.
Isso fez a boca de todos abrirem em um O perfeito. Quem diria que casos distintos estariam tão ligados?
Os policiais recolheram as amostras de sangue, em seguida guardando nas maletas, para serem enviadas ao laboratório, onde Niall iria analisa-las.
— Louis, Melissa — o Tenente se dirigiu a ambos, que discutiam sobre o sangue e sobre uma possível morte —, podem levar o sangue até o laboratório?
Os dois assentiram e se despediram de Elizabeth.
— Hm, senhorita Fiore, você sabe de algum lugar aonde Amélia poderia ter se escondido, ou de alguém que ela gostasse muito?
— Não tenho certeza, mas ouvi-a falar muito de uma tal de Rosa...
— Claro! — exclamou — Muito obrigada, você foi essencial para nossa investigação — apertou a mão da mulher e saiu exasperado do porão, entrando em seu carro e dirigindo em direção a mansão de Lucca, sendo seguido por Taylor e Louis, no carro de trás. Considerando a velocidade em que estavam devido à rodovia estar vazia, chegaram em poucos minutos.
O Tenente desceu desengonçado do carro e bateu três vezes na porta. Rosa, que estava lendo um livro, levantou e olhou no olho mágico.
— Dios mio — murmurou, massageando suas têmporas. Abriu a porta, tentando parecer tranquila e se permitiu sorrir — Sim?
— Bom dia, nós gostaríamos de algumas informações, poderíamos entrar.
A moça suspirou claramente desconfortável com a situação.
— É claro — deu passagem para que entrassem. Em pouco tempo todos estavam sentados no sofá.
— A senhora sabe de alguma coisa sobre o paradeiro de Amélia Clarke?
Rosa prendeu a respiração por alguns instantes, e flashbacks de Amélia ensanguentada voltaram como uma torrente em sua cabeça, fazendo seus olhos ficarem marejados. Apesar da pouca diferença de idade, ela tratava Amélia como uma filha, e eles iriam prendê-la.
— Por favor, não chore — Taylor disse, tentando acalmá-la — não tente protege-la, por favor. É muito importante sabermos onde ela está.
Ela assentiu.
— Certo, ela veio aqui, em algum momento?
— Sim — disse, com a voz embargada —, estava baleada, e se não tivesse chegado a tempo teria morrido.
Os agentes se entreolharam.
— Quem teria feito isso com ela, supostamente?
— Um tal de Pietro.
Eles continuaram fazendo as mais variadas perguntas, e Rosa as respondeu sem hesitar. Não queria que Amélia fosse presa, mas se isso ajudaria a prender o cara que quase a matou, iria ajudar até onde pudesse.
— Então eles foram procura-lo? — perguntou.
— Sim.
— E onde?
— Las Vegas, com Lucca — limpou a garganta.
— Certo — o Tenente limpou a garganta —, sua ajuda será muito importante para solucionarmos esse caso.
A mulher assentiu e andou até a porta abrindo-a e dando passagem para eles saírem. Assim que a porta se fechou, o telefone de Malik vibrou em seu bolso. Era Liam.
— Já com os resultados? — se surpreendeu.
— Sim, o laboratório estava vazio.
— E ai, o que deu?
— Eram duas vítimas. — deu ênfase — Candice Accola, vinte anos. Não tinha antecedentes criminais e foi atraída por Pietro. Morreu na hora.
— E a outra?
— Era o de Amélia.
— Mas ela ainda está viva, e em Las Vegas. Junto com Pietro
Liam suspirou do outro lado da linha.
— Vejo que o trabalho vai ser difícil.
— Sim. Enfim, obrigada. Marque uma reunião de emergência, pra já. Esperem-nos na sala — desligou o telefone.
Os três voltaram para seus respectivos carros e correram para a delegacia. Assim que chegaram, foram direto para a sala de reunião, onde Collin, Liam, Louis, Harry, Niall e Cher estavam reunidos.
Malik se sentou na ponta da mesa, assumindo a liderança.
— Preciso de quatro voluntários para irem para Las Vegas e assumirem uma identidade nova, a procura de um Charles Manson* do século XXI, uma serial killer e um mafioso.
Ninguém respondeu, e todos fingiram estar distraídos.
— Vamos lá, e por uma causa nobre. Quem aqui já fez teatro?
Cher levantou a mão timidamente, sendo seguida por Louis.
— Certo, vocês dois irão.
— Droga, Cher! — Louis resmungou, praguejando por ter levantado a mão.
— Alguém mais? Preciso de mais um casal. — a pergunta pairou no ar — Ninguém vai responder? Então terei que resolver da maneira mais difícil...
Todos engoliram em seco. “Da maneira mais difícil” significa pedir para o chefe escolher. Mas não...
— Uni, duni, tê... — começou, apontando para cada um. No final, foram escolhidos Harry e Melissa — Ok, vocês serão um casal de amigos que vieram passar as férias em Vegas. Cher, Louis, vocês serão Lily e Bruce. Harry e Melissa, Jonas e Florence.
— Mas por que Jonas?! — Harry resmungou.
— Por que sim. Ah, e uma dica, seria bom se vocês mudassem o visual, ajudaria muito. Reunião encerrada — bateu na mesa, como um juiz —, irão partir daqui a quatro dias.
Continua...

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